BATISMO

BATISMO

QUANDO UMA CRIANÇA ESTÁ EM CONDIÇÕES DE SE DECIDIR AO LADO DE CRISTO?

Uma preocupação que os pais normalmente têm é sobre como conseguir que as crianças tomem decisões relacionadas à experiência religiosa, desde as mais simples, como obedecer, até as mais complexas, como aceitar a  Cristo e pedir o batismo. É justificada esta preocupação? O quanto é possível alcançar neste sentido? Até onde os pais devem orientar os filhos para que tomem  uma decisão?
 
A VONTADE COMO GERADORA DE DECISÕES

A decisão é um ato da vontade. Aprende-se a decidir quando aprende-se a exercer a vontade. A criança não é uma máquina caça-níquel na qual colocamos moedas e esperamos algum resultado. Não é sempre possível – nem conveniente- contar-lhe uma história e arrancar-lhe uma decisão.
“A vontade é o poder que governa a natureza do homem, colocando todas as outras faculdades sob seu domínio. A vontade não é gosto nem inclinação; é o poder de decidir que atua nos filhos dos homens levando-os a obedecerem a Deus ou a Lhe desobedecerem.”(EGW, 5T, 513) “Toda a criança deveria compreender a verdadeira força da vontade. Ela deveria ser levada a ver quão grande é a responsabilidade envolvida neste dom. A vontade é o poder de decisão ou de escolha.”. (EGW, Ed, 280)

Uma criança só poderá fortalecer sua vontade exercendo- a . Você como pai, mãe ou professor lhe dá a oportunidade de exercê-la? Dificilmente, o infantil poderá escolher bem, se não é educado para isto. É necessário dar-lhe oportunidades para escolher e decidir (que hino quer cantar, se deseja orar, em que classe deseja estar, sobre que tema deseja conversar, etc.) é o poder de decisão ou de escolha.”. (EGW, Ed, 280)

Não deveríamos confundir decisão com promessa. A decisão é uma resolução a que se chega através de passos progressivos; pode levar um tempo curto ou longo, e está sujeita  a modificações. A promessa é o cumprimento de uma determinada resolução. A decisão tem valor duradouro. A promessa é um compromisso de honra pela da palavra empenhada. A decisão altera condutas. A promessa, tem que ver com a conquista de uma determinada conduta.

A decisão incentiva, embora deva ser modificada. A promessa que não pode ser cumprida, frustra, origina sentimento de culpa ou sensação de inutilidade e de cuprimento de uma determinada resolução. A decisão tem valor duradouro. A promessa é um compromisso de honra pela da palavra empenhada. A decisão altera condutas. A promessa, tem que ver com a conquista de uma determinada conduta.baixa auto estima. A criança deveria ser incentivada a decidir, não tanto prometer.
 
IDADE E DECISÕES RELIGIOSAS

1. Até os 3 anos: As decisões têm a ver basicamente com a obediência.
2. De 4 a 6 anos: As decisões giram ao redor dos hábitos, da relação social e do amor a Jesus.
3. De 7 a 9 anos: As decisões estão em relação com o plano da salvação e a incorporação de conceitos abstratos como pecado, perdão, vida eterna e entrega a Cristo.
4. De 10 a 12 anos: As decisões mais importantes têm a ver com a aceitação de Jesus como Salvador pessoal e com o Batismo
 
A DECISÃO POR CRISTO: O BATISMO

A decisão por Jesus depende da experiência religiosa da criança, de sua maturidade e do trabalho do Espírito Santo. Algumas crianças fazem sua decisão aos 6 anos, outras, aos 12. Por que a diferença? Vários fatores que influem sobre isto:

1. Maturidade Espiritual- As crianças intelectualmente mais maduras, geralmente estão prontas para aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal mais cedo em suas vidas. Quando este é o caso, deveríamos animá-las a responder ao chamado do Espírito Santo.
2. Formação religiosa- Se esta formação é sólida, é provável que a criança se decida “precocemente” por Jesus. É necessário descobrir quão consciente está a criança de que Deus realmente a ama. Ela compreende bem o que é o pecado? Sabe que o pecado deve ser castigado? Sabe que Jesus tomou  o lugar dela e pagou  pecados ? Entende a criança que há duas tendências opostas que agem no
mundo e em sua vida pessoal?
3. Habilidade para amar e confiar- O amor é uma força motivadora da salvação, à qual as crianças respondem também com amor. O amor de Jesus inspira-as e elas responderão de acordo com seu caráter.
4. Conhecimento da Bíblia- A criança que aprende a conhecer sua Bíblia, que crê na Palavra de Deus e a ama, desejará obedecê-la. Esta confiança nas Escrituras é a base da salvação, mas só será conseguida através de  passos graduais e sucessivos.
5. O lar e os modelos- A criança que procede de um lar onde há uma vida espiritual rica, sentirá a necessidade de um Salvador antes de outra, que não tenha recebido, no lar, a influência religiosa.( O lar onde não se vive o que é ensinado nele, sufoca, ou  , apaga, a religião)


QUANDO PODEM DECIDIR SUA VIDA RELIGIOSA?

As crianças judias, aos 12 anos, estavam plenamente capacitadas para decidir sua vida religiosa. Por isso, eram levadas à Festa da Páscoa. Recordemos a experiência de Jesus  nessa idade. 

A Dra. Donna J. de Habenicht, da Universidade Andrews, em um encontro com uma centena de obreiros, lhes perguntou a que idade sentiram que haviam aceitado a Jesus como Salvador. 30% responderam que o haviam feito ao redor dos 8 anos; 60% o fez antes da adolescência; 9% entre os 13 e os 15 anos, e só 1% aos 18.

Não ensinemos nossos filhos ou alunos a pensarem que em algum tempo futuro terão suficiente idade para arrepender-se e crer na verdade. Se os instruímos devidamente, mesmo os menores, de pouca idade, podem ter opiniões corretas acerca de sua condição pecaminosa e do caminho da salvação por meio de Cristo. “ As crianças de 8, 10 e 12 anos têm já bastante idade para que se lhes fale da religião pessoal”.(EGW, 1 JT, 150[cit. em CN, 464].

COMO SE MANIFESTA A DECISÃO POR CRISTO?

Não deveríamos esperar uma emoção violenta como indicação da conversão de uma criança. Esta não é necessariamente uma evidência de convicção do pecado. Tampouco, é necessário saber o tempo exato  em que se converteu. O importante é fazer o convite, dar ao Espírito Santo a oportunidade de que trabalhe na vida da criança. Para a criança que cresce em uma atmosfera cristã, a conversão é um passo a mais no crescimento espiritual.

A criança que procede de um lar não-cristão ou de um cristianismo  apenas nominal, responderá de  modo mais dramático, menos preciso. Para ela, a salvação é uma notícia. O convite para aceitar a Cristo a induzirá a dar uma resposta definida.

Os pais e professores têm uma grande responsabilidade: levar a criança a Cristo antes que os anos endureçam seu coração. “É provável que com o passar dos anos, diminua sua sensibilidade às coisas divinas e sua susceptibilidade às influências da religião”. 
 

COMO AJUDAR A CRIANÇA A ACEITAR A SALVAÇÃO

1. Mostrar à criança, com muito amor, que ela é pecadora e que necessita da salvação. Necessário é que se tenha certeza  de que ela se dá conta dessa realidade.
2. Explicar-lhe o caminho da salvação: Cristo morreu e ressuscitou por cada pecador. Dar-lhe a segurança de que depois de aceitar a Jesus,  receberá o perdão e a
salvação.
3. Fazer com que compreenda  que receberá a salvação, por ter decidido  fazer de Jesus seu Salvador pessoal.
4. Levar a criança a sentir a segurança da Salvação. Mostrar-lhe o que deve fazer, se pecar, para que Jesus a perdoe.
5. Mostrar-lhe como deve crescer em uma nova vida.
Estes passos ajudarão tanto a uma criança como a um não-cristão. A aceitação de Cristo deve manifestar-se nas obras de quem O aceita. Não se deve esperar perfeição dele, mas sim, uma mudança visível em seu estilo de vida.

COMO INDUZIR À DECISÃO POR CRISTO

1. Ore muito com e pela criança, pedindo a direção do Espírito Santo.
2. Fale acerca da salvação e da decisão que em algum momento, ela deverá tomar, a favor ou contra Jesus. Não tenha medo  de falar sobre este tema: O Espírito Santo é o responsável pelos resultados.
3. Não pressione a criança à decisão, pois ela pode responder pelo prêmio ou para agradar ao adulto. Também não é  conveniente oferecer recompensas por essa decisão.
4. Aproveite situações naturais: relatos, hora de dormir, culto vespertino, caminhadas sozinhos, classe bíblica. Esteja alerta aos sinais de persuasão do Espírito Santo.
5. Ajude-a a tomar decisões progressivas a favor de Jesus: testemunhar, distribuir folhetos, etc.
6. Oriente-a para fazer sua decisão, primeiramente em particular, depois em público.
7. Ajude-a a familiarizar-se com a Bíblia. Entusiasme-a com histórias de jovens e crianças que fizeram decisões importantes: Abel, Caim,Samuel, Sansão, Salomão,
e mostre-lhe os resultados- felizes ou infelizes- de suas decisões.
8. Dê-lhe oportunidade de compartilhar sua decisão.
9. Não julgue a genuína conversão da criança por suas emoções, mas pelos resultados.
10. Lembre-se de que a criança não é uma grande pecadora. Ela deve sentir que necessita reparar suas faltas e, às vezes, não sabe como. Você pode ajudá-la. Assegure-lhe que Deus odeia o pecado mas ama o pecador. A criança deve sentir a paz do perdão e do amor.

QUANDO ESTÁ PRONTA PARA O BATISMO?
 
1.    Quando compreende os princípios da fé.
2.    Quando conhece o significado do batismo.
3.    Quando aceita o sacrifício de Cristo por ela.
4.    Quando compreende o que significa ser membro da Igreja.
5.    Quando da evidências em sua vida de haver feito um pacto com Deus.
6.    Geralmente, a conversão de uma criança é um processo gradual que culmina quando ela já é um membro ativo da Igreja. Muitas vezes, a criança pode elaborar esse processo sozinha, outras, necessita da dedicação quase exclusiva de um adulto. O importante é pedir que o Espírito Santo trabalhe em sua terna vida, e que os adultos mostrem o caminho até Cristo antes que os anos endureçam seu coração.
 

Este artigo foi escrito por MONICA CASARRAMONA (professora de Ciências da Educação e redatora da ACES, que é a Casa Publicadora da Argentina

 

O BATISMO

Publicado por Blog Sétimo Dia

O rito do batismo e o da Ceia do Senhor são dois monumentos comemorativos, colocados um fora e outro dentro da igreja. Sobre essas ordenanças Cristo inscreveu o nome do Deus verdadeiro. Fazendo do batismo o sinal de entrada para o Seu reino espiritual, Cristo o estabeleceu como condição positiva à qual têm de atender os que desejam ser reconhecidos como estando sob a jurisdição do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Antes que o homem possa obter abrigo na igreja, antes mesmo de transpor o limiar do reino espiritual de Deus, deve receber a impressão do nome divino — “O Senhor Justiça Nossa”. Jeremias 23:6.

Simboliza o batismo soleníssima renúncia ao mundo. Os que ao iniciar a carreira cristã são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, declaram publicamente que renunciaram ao serviço de Satanás, e se tornaram membros da família real, filhos do celestial Rei. Obedeceram ao preceito que diz: “Saí do meio deles, e apartai-vos [...] e não toqueis nada imundo.” Cumpriu-se em relação a eles a promessa divina: “E Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”. 2 Coríntios 6:17, 18.

Os compromissos que assumimos no ato do batismo são tremendamente amplos. Em nome do Pai. do Filho e do Espírito Santo fomos sepultados com Cristo na semelhança de Sua morte e com Ele ressuscitamos na de Sua ressurreição, a fim de andarmos em novidade de vida. Nossa vida está vinculada à de Cristo, e o crente deve lembrar-se de que daí por diante está consagrado a Deus, a Cristo e ao Espírito Santo. Todos os negócios deste mundo entram para segundo plano nesta sua nova posição. Publicamente confessa não querer continuar mais uma vida de vaidade e satisfação própria. Sua conduta deve deixar de ser descuidosa e indiferente. Contraiu aliança com Deus, e está morto para o mundo. Deve viver agora para o Senhor, dedicar-Lhe todas as faculdades de que dispõe, e não esquecer-se de que traz o sinal de Deus, de que é súdito do reino de Cristo e participante de Sua natureza divina. Cumpre-lhe entregar a Deus tudo quanto é e possui, usando todos os seus dons para glória de Seu nome. — Testimonies for the Church 6:91, 98, 99.

Preparo para o batismo — É necessário mais cuidadoso preparo dos que se apresentam candidatos ao batismo. Têm necessidade de mais conscienciosa instrução do que em geral recebem. Os princípios da vida cristã devem ser claramente explicados aos recém-convertidos. Não se pode confiar na sua mera profissão de fé como prova de que experimentaram o contato salvador de Cristo. Importa não só dizer “creio” mas também praticar a verdade. É pela nossa conformidade com a vontade divina em nossas palavras, atos e caráter, que provamos nossa comunhão com Ele. Quando quer que alguém renuncie ao pecado, que é a transgressão da lei, sua vida é posta em harmonia com essa lei, caracterizando-se por perfeita obediência à mesma. Essa é a obra do Espírito Santo. A luz obtida pelo exame cuidadoso da Palavra de Deus, a voz da consciência e as operações do Espírito, produzem no coração o genuíno amor de Cristo, o qual Se deu em sacrifício perfeito para salvar o homem todo — o corpo, a alma e o espírito. Esse amor se manifesta na obediência. A linha de demarcação entre os que amam a Deus e guardam Seus mandamentos e os que O não amam e desprezam Seus preceitos há de ser clara e distinta. [...]

Satanás tem empenho em que ninguém reconheça a necessidade de se entregar completamente a Deus. Quando, porém, a alma não faz essa oferta de si mesma, o pecado não é renunciado; os apetites e paixões entram a disputar a primazia; tentações várias confundem a consciência, e não ocorre a conversão legítima. Se todos soubessem avaliar o conflito que cada pessoa tem de sustentar com os instrumentos satânicos que a buscam enredar, seduzir e iludir, um trabalho mais diligente se faria notar a favor dos que são novos na fé. — Testimonies for the Church 6:91-93.

A preparação das crianças para o batismo — Os pais cujos filhos desejam ser batizados têm uma obra a fazer, examinando-se a si próprios e instruindo conscienciosamente os filhos. O batismo é um rito muito importante e sagrado, e importa compreender bem o seu sentido. Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida nova em Cristo Jesus. Não deve haver qualquer precipitação na administração desse rito. Pais e filhos devem avaliar os compromissos que por ele assumem. Consentindo no batismo dos filhos, os pais estabelecem, em relação a eles, uma responsabilidade sagrada de despenseiros, para guiá-los na formação do caráter. Comprometem-se a guardar com especial interesse esses cordeiros do rebanho, para que não desonrem a fé que professam.

A instrução religiosa deve ser ministrada aos filhos desde a mais tenra infância; não num espírito de condenação, mas alegre e bondoso. As mães devem vigiar constantemente, para que a tentação não sobrevenha aos filhos de modo a não ser deles reconhecida. Os pais devem proteger os filhos por meio de instruções sábias e valiosas. Como os melhores amigos desses seres inexperientes, devem ajudá-los a vencer a tentação, porque ser vitoriosos é quase sempre a sua sincera ambição. Devem considerar que os filhinhos, que procuram proceder bem são os membros mais novos da família do Senhor, sendo o seu dever ajudá-los com profundo interesse a dar passos firmes no caminho da obediência. Com carinhoso zelo, devem ensinar-lhes dia a dia o que significa ser filhos de Deus e induzi-los a render-se em obediência a Ele. E, ao mesmo tempo, obediência a Deus implica obediência aos pais. Esse deve ser seu empenho de cada dia e de cada hora. Os pais devem vigiar; vigiar e orar, e fazer dos filhos os seus companheiros.

E quando enfim chegar a época mais feliz de sua existência, e, amando de coração a Jesus, desejarem ser batizados, haja reflexão. Antes de batizá-los, pergunte-se a eles se o principal propósito de sua vida é servir a Deus. Ensine-lhes então como devem começar, pois muito depende dessa primeira lição. Mostre-lhes com simplicidade como prestar o primeiro serviço a Deus. Torne essa lição tão compreensível quanto possível. Explique-lhes o que significa entregar-se ao Senhor e, ajudados pelos conselhos dos pais, proceda como manda Sua Palavra.

Depois de feito tudo o que é necessário, e eles revelarem ter compreendido o que significam a conversão e o batismo, e estarem verdadeiramente convertidos, devem ter a permissão para serem batizados. Mas, repito, é preciso primeiramente agir como pastores fiéis em guiar-lhes os inexperientes pés no caminho estreito da obediência. Deus tem de operar nos pais para que possam dar aos filhos bom exemplo em relação ao amor, à cortesia, humildade cristã e inteira devoção a Cristo. Se, porém, for permitido que os filhos sejam batizados e depois forem deixados a viver de qualquer maneira, não sentindo obrigação de guiá-los pelo caminho estreito, vocês serão responsáveis pelo fracasso de sua fé, ânimo e interesse pela verdade.

Os batizandos adultos devem compreender melhor do que os de menor idade os seus deveres; mas o pastor da igreja tem obrigações em relação a eles. Talvez cultivem maus hábitos e práticas, cumprindo por isso ao pastor realizar com eles reuniões especiais. Deve-se estudar com eles a Bíblia, falar e orar com eles, mostrando-lhes claramente o que o Senhor deles requer. Apresente a eles o que diz a Bíblia com respeito à conversão. Mostre-lhes o que seja o fruto da conversão, a prova de que amam deveras a Deus. Explique-lhes que a legítima conversão se manifesta numa mudança do coração, pensamentos e intenções, pela renúncia de maus costumes, mexericos, ciúme e desobediência. Uma luta tem de ser travada contra cada mau traço de caráter; e então o crente poderá prevalecer-se da promessa: “Pedi, e dar-se-vos-á”. Mateus 7:7. — Testimonies for the Church 6:93-95.

Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, Capítulo 52.